terça-feira

ela se veste de volúpia, entorpecida de ciúme
me borra inteira de batom
só pra me lembrar o que é desespero.


tomo posse.

quarta-feira

Qualé! Vai dizer que nunca soube que Lula sempre foi Sarney e que Sarney sempre foi Collor?

Faz bico companheiro, e vai traçar um BigMac!

terça-feira

Yes, I'm lucky.

Quando eu era apenas uma adolescente lésbica de calça jeans rasgada, ficava imaginando e sonharolando que um dia, perto dos meus trintanos, eu encontraria e casaria com uma mulher perfeita. Perfeita obviamente dentro dos meus parâmetros, tipo uma príncipa encantada: linda, esperta, sensível, inteligente, carinhosa, madura, divertida, muito bem resolvida, muito gostosa e claro, que fosse louca por mim. Passou um tempinho e fui namorar uma garota que não tinha nem a metade pra ser perfeita, mas ai eu pensei ah, não dá pra se ter tudo némesmo. Outro tempinho e casei com uma princesinha que pouco depois de um surto psicótico (que depois fiquei sabendo, era anual) se transformou na bruxa malvada, de chapéu e tudo. Mas aí eu pensei, ah eu também não sou perfeita. Aí não fui nada perfeita com a Fiona que veio em seguida, nada mesmo. Ainda me achando bem pouco perfeita encontrei outra princesinha, pensei que talvez ela pudesse ser a príncipa encantada, mesmo faltando um ou outro requisito para tal. Mas, não fui perfeita com ela, e muito menos a vaca comigo. Aí eu pensei, ai já tô com 25 merda, não existe príncipa encantada! Certa noite liguei o foda-se e decidi sair por aí e só beijar na boca da meninada. Já da porta da balada eu ví ela, lá dentro, lá no fundo, perfeita. Meu coração galopou. Precisei de cinco cervejas pra ter coragem de dizer oi pra ela. Disse um oi cético e voltei pro meu lugar. Cuzona era um placar luminoso na minha testa. A mulher dos meus sonhos, a deusa, ao meu alcance, e eu paralizada de medo dela. Até que o milagroso, o inesperado aconteceu: ela veio até mim, isso mesmo, ELA veio até mim, guiada por uma luz divina. A conversa divertida aconteceu, e a voz dela bailava ao redor de mim como um ritual de encontro, de indentificação. Numa cena digna de Hollywood eu pedi o beijo que ela me deu. Meu coração galopou tranquilamente (se é que isso é possível). Doce, perfeito. Até o final daquela noite de fevereiro tudo era sonho.
Desde lá não houve uma noite que não tenha sido sonho, que não tenha sido riso, que não tenha sido amor, com a minha príncipa encantada!

1º Moral da história: A minha existe!!!
2º Moral da história: Nunca beije o sapo sem o selo do Inmetro!
3º Moral da história: Nanda eu te amo!!!