segunda-feira

Talvez não seja o lugar certo. Toda essa gente póstuma que me rodeia, circulam minha órbita e dizem coisas em sorrisos, talvez são sejam as pessoas certas. A música e o conhaque, errados. A gata olha ressentida e me interroga: Por que tão perto e tão longe? Vomita a bola de pelo, e eu água pela via errada me engasgo. Respiração aquosa. No tabuleiro fiquei no quadrante errado, assim as outras peças podem jogar livres e convictas. Convictas da merda. Porque me olho no espelho e vejo um rosto diferente, minha poesia usada na mão que não é minha. Criada num ventre de vento, e de matéria prima tudo o que eu tenho de memória. Nada. Nada nunca é novo, as coisas simplesmente se acumulam na carne. Sou o pai bobo do que hoje é a tua casa.

sexta-feira




Watching her
Strolling in the night
So white
Wondering why
It's only After Dark

In her eyes
A distant fire light
burns bright
Wondering why
It's only After Dark

I find myself in her room
Feel the fever of my doom
Falling falling
Through the floor
I'm knocking on the Devil's door

In the Dawn
I wake up to find
her gone
And a note says
Only After Dark

Burning burning
in the flame
Now I know her
secret name
You can tear her temple down
But she'll be back
and rule again

In my heart
A deep and dark
and lonely part
Wants her and
waits for After Dark

quinta-feira

"... Belezas são coisas acesas por dentro
Tristezas são belezas apagadas pelo sofrimento
Lágrimas negras caem, saem, doem.."

quarta-feira

"Uma poesia ártica, claro,
é isso que eu desejo.
Uma prática pálida,
três versos de gelo.
Uma frase-superfície
onde vida-frase alguma
não seja mais possível.
Frase, não, Nenhuma.
Uma lira nula,
reduzida ao puro mínimo,
um piscar do espírito,
a única coisa única.
Mas falo. E, ao falar, provoco
nuvens de equívocos
(ou enxame de monólogos?)
Sim, inverno, estamos vivos."

terça-feira

bah tchê!
- não me olha assim

- assim como?

- desse jeito, que você olha

- por que?

- parece pólvora (!)

- tem fósforo?



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- escreve sobre mim xuxu, no seu blogue!

- não.


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Entediante, caro leitour?
[essa vírgula foi puro confete]

sexta-feira

quinta-feira

- tem fogo?
- absolutamente!
- (...)

técnicamente morta tudo passa até o tempo
wish me luck

you are my pussy gold


- tu tem os olhos verdes mais lindos que eu já vi, mas claro que eles seriam apenas dois olhos verdes se tu também não tivesse esse rosto maravilhoso e esse corpo e... me chupa?
- você tá me cantando?
- não, tô só treinando hermética.
- você não precisa ser sensível, diga apenas: me chupa!
- jura?? assim prático e minimalista?
- e B, meus olhos não são verdes.
- não?
- mas eu f#&% com vc! já que segundo o hermetismo, o que você tocar vira ouro (risonha).
- não!
- por que???
- teus olhos não são verdes.
- haha, você não tem coração!
- absolutamente.

segunda-feira

qualidades de um felino...
















by Brooke McEldowney

sexta-feira

pure love...

  • Cátia Flávia
    6924-6969
    Faz fio-terra e te chama de amor.

segunda-feira

Bons-fluídos, tain-xin-xuan, feng-xui e blá blá blá:

abre parênteses

Não aguento mais ter que desejar feliz natal e feliz 2009. que coisa chata vai pra PQP!

fecha parênteses

oi..

2008 acabou e não me despedi de propósito. Fui embora correndo e incomunicável para outro lugar, como se 2008 só estivesse em São Paulo. Voltei para cá só depois que 2009 começou, para evitar qualquer situação embaraçosa com 2008. Entrei no ano novo com os dois pés na porta, e virei as costas simplesmente para o que existe antes disso. Antes de 2009. Nem vou comentar que o Natal com minha família foi naturalmente sinistro, digo naturalmente porque me sinto acolhida em situações sinistras: não era falta, era a ausência de um homem chamado Avô, e essa ausência era como um grande buraco negro no canto da sala, sugando tudo e todos pra dentro dele, menos o peru assado. Ausência é um corpo estranho. Minha virada foi um pileque com a família e a Ausência na beira da praia, soltei dois foguetes - um de estrelinha, tomei dois litros de champanhe caro, pulei sete ondas (se contei certo) e não fiz nenhum pedido. Foi divertido, gostoso e de novo, naturalmente sinistro. Não tenho nenhum saldo para 2009 (nem financeiro, nem metafísico), o que se aglomerou em mim eu limpei com vários mergulhos no mar, quis deixar pra trás e nem dei nome. É engraçado dizer que 2009 começou diferente pra mim, fato que me deixou mais séria - e bem mais sacana.


ps¹. alguns dos meus orgãos nem tão vitais, por descuido cronometrado, acabaram afundando junto com a sujeira no mar. Espero que isso não cause problemas futuros com a mãe natureza, talvez uma tsunami, ou tubarões cheios de amor pra dar...?
ps². cara, eu sonhei umas coisas muito loucas.