segunda-feira

Lá no dentro de mim só tem silêncio amém. Silêncio adorado com peso de sopro e forma de lança. Ataco de fora pra dentro. E não desejo nada a ninguém, a não ser a mim mesma.


"Tenho a paz: não quero mais, não espero a herança prometida em papel-bíblia, sou aquele a que nunca visei porque não podia vislumbrar até aqui, a carreira da vida é um constante assombro quando nos vemos assim de repente de frente ao Mar a sós com ele e nos perguntamos: sou eu este que olha o mar em meio à jornada? sou eu este momento com um passado que desconheço? sou eu à deriva ou me construo? sou eu o meu passado ou ele não passa de uma ferida para sempre coagulada? sou eu o meu presente? e este instante assim avulso, sou eu? a quem pertenço se não aos elementos? recordar é viver? ou tudo não passa de um mesmo aí? sou um elo da força ou uma ameba incrustada no vão do Universo? faço parte? tenho futuro? alguém me chama? alguém me reclama? alguém me resgata?" JG Noll

Um comentário:

  1. atemporalidades de cristo a mariazinha da banca da esquina.

    [e o desfecho de quem fica, um pedido de resgate em silencio preso em tuas lancas]

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    alguem me reclama?

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