segunda-feira
Talvez não seja o lugar certo. Toda essa gente póstuma que me rodeia, circulam minha órbita e dizem coisas em sorrisos, talvez são sejam as pessoas certas. A música e o conhaque, errados. A gata olha ressentida e me interroga: Por que tão perto e tão longe? Vomita a bola de pelo, e eu água pela via errada me engasgo. Respiração aquosa. No tabuleiro fiquei no quadrante errado, assim as outras peças podem jogar livres e convictas. Convictas da merda. Porque me olho no espelho e vejo um rosto diferente, minha poesia usada na mão que não é minha. Criada num ventre de vento, e de matéria prima tudo o que eu tenho de memória. Nada. Nada nunca é novo, as coisas simplesmente se acumulam na carne. Sou o pai bobo do que hoje é a tua casa.
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Que saudade daqui (2)
ResponderExcluirQue saudade desse ácido puro, que corrói onde tem que corroer, e que debocha onde tem que debochar. E que carrega um risinho irônico antes do ponto final.
Incrível sua contemporaneidade com a Silvia Plath e Ana C. Não como plágio, longe disso. Vc é genial no jogo das palavras e na intensidade do que escreve. Parabéns!
ResponderExcluirtu é mesmo do tipo que fica na carne. as tuas palavras. você sabe que eu gosto. fim do comentário, o resto fica nas entrelinhas.
ResponderExcluirmuitoo boom :)
ResponderExcluirps:sorry a falta de tempo pra responder como se deve!
bejoos