segunda-feira

Descansa em paz vastidão

Toda manhã me olhava de canto possessiva com um beijo na testa. Ela era assim estranha de tudo. Rasgou minhas revistas e dormiu com meu irmão. Se eu tivesse irmão. Riscou meus livros, abriu as pernas pras amigas, e de noite queria me falar de amor. Amor demais. Poesia demais. Sete meses ninguém aguenta. Um dia cheguei em casa e peguei ela judiando do gato. Porra, o gato não. Virei a vadia do avesso. O gato manca mas tá bem.
A última coisa que ela me disse?
- Eu sou vasta, meu bem.
E eu? Aproveitei a rima.

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