sou o tipo de calhorda que tem pena de si mesma. então sai pra lá porque ninguém me dói mais que eu. talvez o Caio.
talvez eu caia talvez eu perca. mas congela a imagem do teu coração na minha boca entre meus dentes. congela o canto da boca no meio sorriso. e deixa intacto o que eu possuo. porque eu possuo as coisas num amor cheio de ciume.
eu não aprendo nunca.
gosto de lamber feridas pra depois morder mais forte.
LAMBER
ResponderExcluirVerbo "lingüístico"
o Caio dói. devo concordar. mas não caia. não doa. tem gente que dói por você. e eu já disse, tua pegada na caneta é forte, invista.
ResponderExcluir*mas, farsa ferida? não sei se concordo. estou tentando entender.
reflexo não controlado...também to tentando entender...
ResponderExcluirmas...cair é inevitável...eis a gravidade.
Também sou dessas intensas que precisam mover o mundo ao seu redor, que o fazem mesmo sem saber. Sou dessas que possuem um universo em expansão dentro do peito, do externo que se encontra permanentemente aberto, com o coração exposto, jorrando tudo para todos os lados. Sou dessas que se expande.
ResponderExcluirMas também sou daquelas que se tranca. Sou daquelas que deixa os outros falarem a respeito de tudo, enquanto troco os olhos e o olhar, enquanto troco a alma e finjo que tudo está bem, que sempre esteve. Sou aquela que sempre tem ouvidos, mas cuja boca foi definitivamente roubada, abduzida para outro lugar, algum outro lugar onde tudo é imaterial e intocável. Sou também aquela cuja língua não funciona, sou aquela que pergunta e nunca aquela que responde.
Acho que aprendi a viver incógnita. Só me pergunto se por fazer isso, acabei me deixando morrer. Será? Tenho tanta saudades do que já fui que não sei mais o que sou. Ou se consigo algum dia consigo chegar até mim mesma novamente.
Pelo menos vc morde. Eu mordia. Hoje em dia morro de inanição.
Nada me excita.
Viva a apatia.
:-(