segunda-feira

Chovia na merda do meu coração, escrachado na cara um sorriso agudo quase obsceno, não era você, foi sempre eu, era de mim a ventania que saia da boca poeira. Cinqüenta frases pra que? Melhor uns pedaços de corpo com laço de fita. Enfeita essa cara, esconde lá fora teu rosto de substancia nenhuma, essa grande ferida seca que te cobre inteira, me cobre, me lava da trepada de sábado e me leva pra onde todo mundo vai, me joga onde todo mundo cai. E me devolve inteira pra mim, no meu escuro úmido, que tudo rodeia faminto.

Um comentário:

Mente que eu gosto!