quinta-feira

Sem maquiavélicos sentimentos não escrevo, quando a vida ta assim boazinha e tudo numa calmaria quase assustadora, não rendo meia vírgula. E to ferrada porque não sei inventar histórias, minha escrita sobrevive apenas das minhas próprias experiências, como um semi-relato fantasiado, de realismo fantástico. E aí me diz, vou falar do que? Da bunda dela? Não, isso seria muita propaganda e vanglorismo..
- Vou falar que estou com idéias de decoração incríveis...ha. Sim, eu também sou do lar, apesar de levar duas horas para lavar uma mísera janela.
- Ontem ela me disse que descobriu o nome do filme: Sádica (ui)
- Sem falar que ela jura que lê os meus pensamentos, que eu não preciso verbalizar pra ela saber o que eu estou pensando. Namorada mística.
- Amiguinho me confidenciou safadezas: e meu caro, não desisto de você ser viado! Não esqueci das flores de Natal!
- Andei pensando que um cartão corporativo resolveria meus problemas.
- Larguei o besta do Henry Miller e voltei pro Kerouac, mais quente.
- Declarei, mas ela finge que esquece rápido: “ Até o meu embaraço te deseja, quem não vê?”
- Ela quer fazer mais sexo...
que eu diga palavrões
– e eu digo.
- Tenho sido uma doce babaca, perfil reservado para situações graves, posso ser várias coisas
- Acho que ela gosta.
- Não sei falar de mim, apesar de eu ser um tipo fácil de estranho. Me resumo. Eu sou a própria síntese.

Preciso aperfeiçoar minha maldade.

4 comentários:

  1. acontece que agora estou confusa

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  2. E eu me divirto aqui!

    'minha escrita sobrevive apenas das minhas próprias experiências, como um semi-relato fantasiado, de realismo fantástico'

    Vou ter que plagiar! rs
    bjo

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  3. tua maldade contamina que é uma beleza.

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Mente que eu gosto!