sexta-feira

uma viagem em torno do umbigo...
'Tanto faz' de Reinaldo de Moraes - o namoradinho da AnaC!


"Agora, o que eu queria mesmo é uma literatura que fosse, como Torquato Neto, até a demência. E ficasse, como Chacal, entre o play-ground e o abismo. E tivesse a peraltice e o lirismo de Oswald. E o sabor coloquial do Mário de Andrade. Nem confissão, nem ficção. Conficção. Nem obra acabada, nem obra aberta. Obra à-toa".


...Vamos lá. Vamos entrar nesse boing, romance debaixo do braço, otimismo arrepiado, o que iar eu traço, 'eu não sou um intelectual, escrevo com o corpo. E o que escrevo é uma névoa úmida" (Clarice Lispector). Tive um sonho roxo outro dia, acordei berrando: manhê! Cada vez menos palavras, cada vez mais frases. Olhar. Cochilar na rede co’a brisa bolindo nos pêlos do peito da gente. Abrir o olho e constatar que a noite baixou. Assobiar com os lábios molhados de cerveja. Nos olhos das mulheres mais lindas Narciso se vê refletido; por isso a beleza não o devora. Coxa na coxa, dançar um bolero de pilequinho. Esvaziar os copos, encher as amizades. Trinta anos e um romance no saco plástico. Saudades daquelas cinco horas da tarde. Literatura, a possibilidade de mentir por escrito...

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